Boa tarde, gente.
Tô muito feliz hoje, lançando o espetáculo do dia 7 de novembro. Por falar nisso estão todos convidados.
Estou feliz e muito nervosa porque vou dançar um solo. Ainda nem sei qual música, mas sei que será difícil para mim. Faz muitos anos que eu não sinto esse gelinho bom na barriga . . .
Enfim, queria compartilhar com vocês isso.
Além de ser um trabalho muito diferente, ele marca uma fase importante pra mim. A fase do "pagando a língua linguarudinha da silva". hahaha
Por isso estou procurando uma música que me faça dançar tudo o que um dia eu disse que não dançaria, sabe como é?
Sugestões?
Alguém me ajuda?
Por favor . . . mmmmm
miaauuuurgh
terça-feira, 27 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
mamãe-gato
Ah, nesses últimos tempos eu não tô parando em casa. Só chego pra dormir e já saio bem cedinho.
Fim de semana não existe, nem dia de folga.
Por essas e outras tô tomando várias broncas felinas. A hora que eu chego em casa vem a Lola : miaumiau miiiiiiaaauuurgh, miauu.
Aí comecei a perceber uma coisa engraçada: todo mundo falava que a Lola parecia um bebê comigo. Mas acho que é o contrário.
Ela é uma gata adulta, totalmente independente, tem as coisas dela. Mas quando eu não apareço nos horários regulares ela fica brava comigo. Cobra atenção, quer que eu espere ela comer, me chama pra deitar. Daí fica comigo até eu dormir, romroms e afofadas e miaus meigos.
Quando eu durmo ela vai pra cama dela.
De manhã lá vem ela me acordar cheia de denguinhos. Só falta falar: vamos, tá na hora.
Sei o que vocês estão pensando . . .eu também sempre acho que ela quer comida - mas quando vejo as tigelinhas deles já foram abastecidas. Água fresquinha, caixa limpa.
Meu pai acorda cedo . . .
Aí percebi que quem cuida de mim é ela, porque no meio de toda a correria me pego morrendo de saudades e precisando de um colo de Lola . . .
Fim de semana não existe, nem dia de folga.
Por essas e outras tô tomando várias broncas felinas. A hora que eu chego em casa vem a Lola : miaumiau miiiiiiaaauuurgh, miauu.
Aí comecei a perceber uma coisa engraçada: todo mundo falava que a Lola parecia um bebê comigo. Mas acho que é o contrário.
Ela é uma gata adulta, totalmente independente, tem as coisas dela. Mas quando eu não apareço nos horários regulares ela fica brava comigo. Cobra atenção, quer que eu espere ela comer, me chama pra deitar. Daí fica comigo até eu dormir, romroms e afofadas e miaus meigos.
Quando eu durmo ela vai pra cama dela.
De manhã lá vem ela me acordar cheia de denguinhos. Só falta falar: vamos, tá na hora.
Sei o que vocês estão pensando . . .eu também sempre acho que ela quer comida - mas quando vejo as tigelinhas deles já foram abastecidas. Água fresquinha, caixa limpa.
Meu pai acorda cedo . . .
Aí percebi que quem cuida de mim é ela, porque no meio de toda a correria me pego morrendo de saudades e precisando de um colo de Lola . . .
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Sobre método de ensino
Particularmente, sou movida a dois extremos de trabalho bem conduzido: improviso ou trabalho coreogáfico elaborado. No primeiro caso a segurança é substituída pela delícia de aventurar-se em suas próprias previsões lógicas com relação à musica.
Já na coreografia - é magnífico enxergar a música com os olhos de um coreógrafo excepcional. Quem já teve o prazer de trabalhar com algum sabe o que digo.Com direção, podemos ser a melhor bailarina que pudermos ser.
Interpretando a coreografia de outra pessoa, interpretamos sentimentos fora do nosso mundo interior (da improvisação). É preciso conhecer, mergulhar e reinterpretar os movimentos de acordo com as instruções do artista que os uniu.
Agora, vamos voltar um pouquinho para os primeiros passos, porque tenho a impressão de que comecei essa conversa pelo final.
Há algum tempo rendi-me à praticidade dos métodos americanos. Afinal, tive oportunidade de trabalhar com um grupo de alunas - não sei se representativo do padrão da cidade - mas alunas com muita dificuldade. Confesso que fiquei muito assustada no primeiro ano de trabalho aqui em Piracicaba. Até porque eu ainda viajava bastante para ministrar aulões em outras cidades e encontrava realidades bem diferentes.
Eu percebi que o método escolhido pelo meu corpo e meu coração: o delicioso, intuitivo, gingado jeitão árabe teria de ser substituído.
Naquele período (2005-2006) eu estava "normatizando" o que chamava carinhosamente de "técnica egípcia de quadril" - conjunto dos estudos de meus VHS P&B (Graças à indicação do querido Omar Naboulsi) e o principal : das atualizações iniciadas por Mme. Raqia Hassan aqui no Brasil em 2000 e um desenrolar contínuo de estudos até a primeira vinda de Randa Kamel em 2005. Foi o que salvou meus joelhos de uma aposentadoria precoce. Mas depois eu conto essa história, afinal isso aí mudou a dança de todo mundo - vocês estão "carecas de saber".
Agora imaginem, ter que voltar para o espartano método americano - com modificações é claro - . . . mas eu sofri, meu corpo sofreu. As alunas aprenderam, isso é o que importa.
Só que sou teimosa e de uma coisa eu não abro mão: meu método jamais negligenciou o que considero o mais importante para uma bailarina - seja ela de clássico, flamenco, dança do ventre, axé ou sei lá o quê: Comunicação.
Meu posicionamento é totalmente a favor do ensino da dança envolvendo estímulos de interpretação e musicalidade - Como nos esclareceu a inigualável Mme. Farida Fahmi: "você não pode "deseducar" o corpo e o ouvido de seu aluno, obrigando-o a realizar um movimento que não está na música. Todo movimento precisa de motivação".
Parece muito óbvio, todo mundo sabe disso. Mas observem as aplicações práticas: quantas alunas vocês já receberam que não conseguem reagir aos estímulos musicais? Será que é porque ela passou cinco anos dentro de uma sala de aula em que a professora estava constantemente berrando junto com qualquer música pop? Pra animar, sabe? Ou os famosos 7 e 8 nos compassos de 4, 6 e 10 tempos da música árabe.
Volta na discussão proposta por Hossan Hamzy? Não, minha teimosia é muito pior. Não basta a música, não basta o movimento. Tudo tem que ser apresentado em conjunto: expressão, combinação de braços, dinâmica. Ah, o confuso método árabe? Me perdoem, senhoras e senhores. Na minha humilde visão é o completo método árabe.
Assim, uma aluna com boa conscientização corporal aprende os movimentos básicos em poucos meses e pode se dedicar ao desenvolvimento artístico de sua técnica.
Porque é muito triste quando alguém de procura e diz: "Danço há 5 anos mas não sei "juntar"". E quando você vai analisar, passaram 5 anos vendendo partes incompletas pra ela. Se fosse um móvel ela teria agora umas 10 mesas com 2 ou 3 pés, armários desmontados porque não há parafusos. A moça já começa a achar que ela é o problema, sabe?
Continuo acreditando que facilitar demais acaba dificultando, além de insultar a inteligência . . .
Já na coreografia - é magnífico enxergar a música com os olhos de um coreógrafo excepcional. Quem já teve o prazer de trabalhar com algum sabe o que digo.Com direção, podemos ser a melhor bailarina que pudermos ser.
Interpretando a coreografia de outra pessoa, interpretamos sentimentos fora do nosso mundo interior (da improvisação). É preciso conhecer, mergulhar e reinterpretar os movimentos de acordo com as instruções do artista que os uniu.
Agora, vamos voltar um pouquinho para os primeiros passos, porque tenho a impressão de que comecei essa conversa pelo final.
Há algum tempo rendi-me à praticidade dos métodos americanos. Afinal, tive oportunidade de trabalhar com um grupo de alunas - não sei se representativo do padrão da cidade - mas alunas com muita dificuldade. Confesso que fiquei muito assustada no primeiro ano de trabalho aqui em Piracicaba. Até porque eu ainda viajava bastante para ministrar aulões em outras cidades e encontrava realidades bem diferentes.
Eu percebi que o método escolhido pelo meu corpo e meu coração: o delicioso, intuitivo, gingado jeitão árabe teria de ser substituído.
Naquele período (2005-2006) eu estava "normatizando" o que chamava carinhosamente de "técnica egípcia de quadril" - conjunto dos estudos de meus VHS P&B (Graças à indicação do querido Omar Naboulsi) e o principal : das atualizações iniciadas por Mme. Raqia Hassan aqui no Brasil em 2000 e um desenrolar contínuo de estudos até a primeira vinda de Randa Kamel em 2005. Foi o que salvou meus joelhos de uma aposentadoria precoce. Mas depois eu conto essa história, afinal isso aí mudou a dança de todo mundo - vocês estão "carecas de saber".
Agora imaginem, ter que voltar para o espartano método americano - com modificações é claro - . . . mas eu sofri, meu corpo sofreu. As alunas aprenderam, isso é o que importa.
Só que sou teimosa e de uma coisa eu não abro mão: meu método jamais negligenciou o que considero o mais importante para uma bailarina - seja ela de clássico, flamenco, dança do ventre, axé ou sei lá o quê: Comunicação.
Meu posicionamento é totalmente a favor do ensino da dança envolvendo estímulos de interpretação e musicalidade - Como nos esclareceu a inigualável Mme. Farida Fahmi: "você não pode "deseducar" o corpo e o ouvido de seu aluno, obrigando-o a realizar um movimento que não está na música. Todo movimento precisa de motivação".
Parece muito óbvio, todo mundo sabe disso. Mas observem as aplicações práticas: quantas alunas vocês já receberam que não conseguem reagir aos estímulos musicais? Será que é porque ela passou cinco anos dentro de uma sala de aula em que a professora estava constantemente berrando junto com qualquer música pop? Pra animar, sabe? Ou os famosos 7 e 8 nos compassos de 4, 6 e 10 tempos da música árabe.
Volta na discussão proposta por Hossan Hamzy? Não, minha teimosia é muito pior. Não basta a música, não basta o movimento. Tudo tem que ser apresentado em conjunto: expressão, combinação de braços, dinâmica. Ah, o confuso método árabe? Me perdoem, senhoras e senhores. Na minha humilde visão é o completo método árabe.
Assim, uma aluna com boa conscientização corporal aprende os movimentos básicos em poucos meses e pode se dedicar ao desenvolvimento artístico de sua técnica.
Porque é muito triste quando alguém de procura e diz: "Danço há 5 anos mas não sei "juntar"". E quando você vai analisar, passaram 5 anos vendendo partes incompletas pra ela. Se fosse um móvel ela teria agora umas 10 mesas com 2 ou 3 pés, armários desmontados porque não há parafusos. A moça já começa a achar que ela é o problema, sabe?
Continuo acreditando que facilitar demais acaba dificultando, além de insultar a inteligência . . .
Marcadores:
dança do ventre,
método de ensino,
Samya Ju
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Organização, energia, vazamentos etc
Meus amiguinhos,
Conhecer nossos limites pode ser uma coisa deliciosamente assustadora.
Antigamente eu confundia muitas coisas com cansaço. Dizia:"Ah, é cansaço. Só preciso trabalhar menos, ou talvez reduzir o estresse. blablabla, blobloblo bla."
Em muitos casos, pode até ser "o" caso. Mas nas situações que enfrentamos, nós, bailarinas que lidam com mais bailarinas no meio de dança do ventre, em que há muito barulho por nada, pode ter certeza de que o buraco é mais embaixo.
E quase sempre há vazamentos que se explicam mais tarde, após uma análise apurada dos fatos.
Você não precisa ser frio, nem calculista. Porém, pode ser menos passional ao lidar com pessoas muito inflamadas.
Por outro lado, às vezes é necessário um tour de force para acender em certas almas um calorzinho . . .
O confronto entre as atitudes "relax" e "stress" é um ralo - por onde horas e horas de ensaio se perdem. Todos perdem o digamos, fio tensor, que dá a medida exata entre rigor e serenidade.
O que me incomoda muito no meio é o perfil "relax". Auquela pessoa que nunca faz nada, não vem na aula, num vem no ensaio, não se compromete com coisa nenhum, não desiste! Nem isso. Insiste em frequentar a aula, o grupo, o projeto sendo que não se dedica nem um pouco para ele. E então, quando tudo está acontecendo, fervendo gostoso, todos trabalhando no maior pique e astral, cheios de motivação chega o "relax" e diz: "Credo, como vocês estão estressados!"
Alguém explica por favor: quando a gente faz o que gosta a tendência é se apaixonar e inflamar quando vê tudo dando certo, a gente se empolga, fala alto, faz tudo dando o máximo. Sabe? Para muitas pessoas isso é confundido com "nervoso", então tá bom. Realmente é nervoso se você colocar essas duas atitudes em choque. Vejamos:
Estamos em um ensaio, fazendo o que amamos. Ninguém foi obrigado a vir, nos unimos por afinidade artística, comercial e/ou cultural e estamos produzindo na maior alegria.
No entanto uma bailarina "estressada", quer produzir dentro dos prazos, com máxima qualidade, sem drama nem chororô. Só quer ver resultado para os planejamentos previamente realizados.
A bailarina "relax" sumiu uns dias porque estava fora, precisava tirar "um tempo". Estava "estressada e não queria comprometer seu desempenho no espetáculo". Por conta disso, o resto da troupe ensaiou sem um integrante e teve problemas com a formação, marcação de palco, o básico que todas as cias de dança do ventre conhecem muito bem.
Quando se encontrarem, o clima estará um tanto tenso para ambos os lados com toda razão. Agora analise, de uma maneira cool. Pra não dizer fria ( sentido um tanto negativo que damos a essa qualidade no Brasil), mas podemos dizer fresca.
De uma maneira arejada, fresca, vamos observar. Todas nós já estivemos nos dois papéis não é mesmo? E fizemos várias tempestades em cálices de champagne, xícaras de chá e copos d'agua - tudo no maior luxo!
Só posso concluir que, se nos importássemos mais com a atividade que desenvolvemos e menos com nosso desempenho pessoal, poderíamos ter equipes de dança do ventre excelentes. Pois na minha opinião já temos os melhores professores,trei adores, técnica, bailarinas e performers do mundo. Sim, do mundo.
E nada do que fazemos sozinhos pode ser melhor do que o que fazemos juntos. Pode tentar, vai tentar muitas vezes . . .
Como me ensinou uma querida amiga e parceira de dança: "Nenhum de nós é melhor do que todos nós juntos."
Frase bonita.
O que será que falta para nós, cias de dança do Brasil atingirmos a qualidade que merecemos de fato? Talento, tecnologia, beleza, espaço não falta.
Talvez pudéssemos estudar, entre conscientização corporal e feminina ou disciplinas que revelam, descortinam, mimam e encorpam a sua "deusa interior" até o limite do absurdo; talvez pudéssemos estudar a conscientização sim, de tudo isso com ênfase no seu ser humano interior ( ah, eu sei que vc é humana, embaixo de todo esse glitter!!!!) para fazê-lo se relacionar melhor com os outros seres humanos. Inclusive para produzir dança de qualidade mesmo.
Imaginem o que nós: deusas brasileiras da bellydance internacional (hahahaha) poderíamos aprender se superássemos o complexo de BDSW - Bellydance Superstar Wannabe . . .
Conhecer nossos limites pode ser uma coisa deliciosamente assustadora.
Antigamente eu confundia muitas coisas com cansaço. Dizia:"Ah, é cansaço. Só preciso trabalhar menos, ou talvez reduzir o estresse. blablabla, blobloblo bla."
Em muitos casos, pode até ser "o" caso. Mas nas situações que enfrentamos, nós, bailarinas que lidam com mais bailarinas no meio de dança do ventre, em que há muito barulho por nada, pode ter certeza de que o buraco é mais embaixo.
E quase sempre há vazamentos que se explicam mais tarde, após uma análise apurada dos fatos.
Você não precisa ser frio, nem calculista. Porém, pode ser menos passional ao lidar com pessoas muito inflamadas.
Por outro lado, às vezes é necessário um tour de force para acender em certas almas um calorzinho . . .
O confronto entre as atitudes "relax" e "stress" é um ralo - por onde horas e horas de ensaio se perdem. Todos perdem o digamos, fio tensor, que dá a medida exata entre rigor e serenidade.
O que me incomoda muito no meio é o perfil "relax". Auquela pessoa que nunca faz nada, não vem na aula, num vem no ensaio, não se compromete com coisa nenhum, não desiste! Nem isso. Insiste em frequentar a aula, o grupo, o projeto sendo que não se dedica nem um pouco para ele. E então, quando tudo está acontecendo, fervendo gostoso, todos trabalhando no maior pique e astral, cheios de motivação chega o "relax" e diz: "Credo, como vocês estão estressados!"
Alguém explica por favor: quando a gente faz o que gosta a tendência é se apaixonar e inflamar quando vê tudo dando certo, a gente se empolga, fala alto, faz tudo dando o máximo. Sabe? Para muitas pessoas isso é confundido com "nervoso", então tá bom. Realmente é nervoso se você colocar essas duas atitudes em choque. Vejamos:
Estamos em um ensaio, fazendo o que amamos. Ninguém foi obrigado a vir, nos unimos por afinidade artística, comercial e/ou cultural e estamos produzindo na maior alegria.
No entanto uma bailarina "estressada", quer produzir dentro dos prazos, com máxima qualidade, sem drama nem chororô. Só quer ver resultado para os planejamentos previamente realizados.
A bailarina "relax" sumiu uns dias porque estava fora, precisava tirar "um tempo". Estava "estressada e não queria comprometer seu desempenho no espetáculo". Por conta disso, o resto da troupe ensaiou sem um integrante e teve problemas com a formação, marcação de palco, o básico que todas as cias de dança do ventre conhecem muito bem.
Quando se encontrarem, o clima estará um tanto tenso para ambos os lados com toda razão. Agora analise, de uma maneira cool. Pra não dizer fria ( sentido um tanto negativo que damos a essa qualidade no Brasil), mas podemos dizer fresca.
De uma maneira arejada, fresca, vamos observar. Todas nós já estivemos nos dois papéis não é mesmo? E fizemos várias tempestades em cálices de champagne, xícaras de chá e copos d'agua - tudo no maior luxo!
Só posso concluir que, se nos importássemos mais com a atividade que desenvolvemos e menos com nosso desempenho pessoal, poderíamos ter equipes de dança do ventre excelentes. Pois na minha opinião já temos os melhores professores,trei adores, técnica, bailarinas e performers do mundo. Sim, do mundo.
E nada do que fazemos sozinhos pode ser melhor do que o que fazemos juntos. Pode tentar, vai tentar muitas vezes . . .
Como me ensinou uma querida amiga e parceira de dança: "Nenhum de nós é melhor do que todos nós juntos."
Frase bonita.
O que será que falta para nós, cias de dança do Brasil atingirmos a qualidade que merecemos de fato? Talento, tecnologia, beleza, espaço não falta.
Talvez pudéssemos estudar, entre conscientização corporal e feminina ou disciplinas que revelam, descortinam, mimam e encorpam a sua "deusa interior" até o limite do absurdo; talvez pudéssemos estudar a conscientização sim, de tudo isso com ênfase no seu ser humano interior ( ah, eu sei que vc é humana, embaixo de todo esse glitter!!!!) para fazê-lo se relacionar melhor com os outros seres humanos. Inclusive para produzir dança de qualidade mesmo.
Imaginem o que nós: deusas brasileiras da bellydance internacional (hahahaha) poderíamos aprender se superássemos o complexo de BDSW - Bellydance Superstar Wannabe . . .
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Freud explica, se bem que nem precisa . . .
Bom dia amados,
Essa noite tive um sonho tão lindo que não via a hora de chegar aqui pra contar pra vocês.
Olha que bonito: Eu e minha mãe, a Laila Elvira mesmo, estávamos no alto de uma edificação cheia de verde. Flores e matas, frutos, tudo cheio de orvalho, coisa linda.
Eu e ela nos alternávamos na colheita e consumo de sementes de tangerina. Mesmo quando nossa assistente dedicada, a Rosângela ( sim, Ro você mesma!) discretamente reprovava nossos excessos criativos: literalmente criativos - porque de cada semente nascia um bebezinho lindo rindo alto e a gente não parava de ter bebês! Um atrás do outro.
Até que eu saí e desci, perguntei pra Ro: cadê a mamãe? e ela respondeu: ah, tá lá ( e olhou pra cima)"Disse que ainda precisa fazer mais uns seis" ( e fez aquela cara tipo: vocês sabe como sua mãe é sapeca e teimosa) -Nisso ouvimos mais uma gargalhada daquela de nenê em estado de graça.
Daí acabou o sonho :-(
Nem precisa dizer que acordei sorrindo e corri pra cama da mamãe :-)
Essa noite tive um sonho tão lindo que não via a hora de chegar aqui pra contar pra vocês.
Olha que bonito: Eu e minha mãe, a Laila Elvira mesmo, estávamos no alto de uma edificação cheia de verde. Flores e matas, frutos, tudo cheio de orvalho, coisa linda.
Eu e ela nos alternávamos na colheita e consumo de sementes de tangerina. Mesmo quando nossa assistente dedicada, a Rosângela ( sim, Ro você mesma!) discretamente reprovava nossos excessos criativos: literalmente criativos - porque de cada semente nascia um bebezinho lindo rindo alto e a gente não parava de ter bebês! Um atrás do outro.
Até que eu saí e desci, perguntei pra Ro: cadê a mamãe? e ela respondeu: ah, tá lá ( e olhou pra cima)"Disse que ainda precisa fazer mais uns seis" ( e fez aquela cara tipo: vocês sabe como sua mãe é sapeca e teimosa) -Nisso ouvimos mais uma gargalhada daquela de nenê em estado de graça.
Daí acabou o sonho :-(
Nem precisa dizer que acordei sorrindo e corri pra cama da mamãe :-)
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
As sete faces de Salomé
Há algum tempo me perguntaram:
Samya, o que você acha da "Dança dos Sete Véus"? Qual foi a bailarina que melhor a executou na sua opinião?
Dei minha resposta e a pessoa não gostou não . . . outras pessoas não gostaram não, deu um "fuá bão".
Minha opinião foi a seguinte: Como artista, eu achava o conceito de elaboração das bailarinas de Bellydance muito interessante. Para simplificar: o argumento para a elaboração da personagem surgia bastante ligado à mitologia grega (ao mito de Deméter e Perséfone). Ou seja, a passagem e transformação da menina-mulher. Sua descida ao "mundo subterrâneo", desconhecido digamos assim. Simbologias que não me sinto apta a descrever por falta de competência mesmo. Mas que como artista entendo perfeitamente e consigo colocar em coreografia, música e movimento.
Expliquei para a "colega curiosa" que não havia visto uma execução que me chamasse a atenção até ler a peça de Oscar Wilde, lá pros meus 22 anos. E posteriormente, graças à minha querida amiga Neucimar Lima, assistir ao belíssimo filme de Carlos Saura: Salomé.
Então recomendei: para mim a Salomé de Carlos Saura é a melhor dança dos Sete Véus e a melhor interpretação da personagem. (Apesar de achar que, se eu fosse criar a personagem Salomé, ela seria completamente diferente, muito menos romântica do que a de Wilde e Saura. Isso para não mencionar S. João . . . que é uma verdadeira maravilha da recriação!)
A pessoa virou pra mim e disse: Ah, legal o que é isso? É filme? Vou pegar.
Dalí uns dias ela me liga: "Mas Samya Juuuu, esse negócio que você mandou eu assistir é Flamenco, é dança espanhola, nada a ver. Como você pode dizer que isso é a melhor dança de sete véus que você já viu?"
Me desculpei pelo "fora"e disse:" Sinto muito , apenas me emociono muito com aquela montagem, nenhuma concepção desse personagem causou esse impacto em mim. Mas eu nem vi tantos assim e nem sou tão "pegada" assim nisso aí né. Achei que você ia gostar. . ."
Ingenuidade minha . . . talvez pura sinceridade . Não sabia que existia um certo sentimento de competição entre as modalidades, digamos assim. Pra mim era tudo dança, tudo arte. Todos em busca daquela "expressão única", como me ensinou minha sábia amiga Hilara Crestana.
Aí me pego sentindo de vez em quando: humanizando esses meus personagens que danço. Talvez eu os esteja "dando carne e sangue" demais . . .
Como se os deuses de repente nos tornassem tão humanos que não suportássemos nossos sentimentos e tivéssemos que dançá-los como fez Salomé, embaixo de uma lua sangrenta.
Uma menina quase mulher presa entre mundos que não se compreendem e não se toleram: Herodes querendo calar João, João querendo calar Herodes.
Salomé fala - seu corpo não quer calar. Não é à toa que ela dança, e sua dança é descrita por sete véus, expressão pura. Me dá impressão de que ela dançou com todo seu espírito.
Pouco me importa que ela tenha dançado dança do ventre, ballet, flamenco, que me importa? Alías, me parece um questionamento tão vulgar.
Prefiro imaginar meu personagem deixando a mensagem ao mundo: não calem!
E é quando a fúria de um coração triste perfura a garganta de um homem, calando a todos.
Vocês bailarinas, dançariam em troca disso? Tenho certeza que não.
Não calem seu corpo, escutem a arte livre. Pouco importa.
Dancem com todas as suas vozes, removam os véus. Dancem como Salomé.
Samya, o que você acha da "Dança dos Sete Véus"? Qual foi a bailarina que melhor a executou na sua opinião?
Dei minha resposta e a pessoa não gostou não . . . outras pessoas não gostaram não, deu um "fuá bão".
Minha opinião foi a seguinte: Como artista, eu achava o conceito de elaboração das bailarinas de Bellydance muito interessante. Para simplificar: o argumento para a elaboração da personagem surgia bastante ligado à mitologia grega (ao mito de Deméter e Perséfone). Ou seja, a passagem e transformação da menina-mulher. Sua descida ao "mundo subterrâneo", desconhecido digamos assim. Simbologias que não me sinto apta a descrever por falta de competência mesmo. Mas que como artista entendo perfeitamente e consigo colocar em coreografia, música e movimento.
Expliquei para a "colega curiosa" que não havia visto uma execução que me chamasse a atenção até ler a peça de Oscar Wilde, lá pros meus 22 anos. E posteriormente, graças à minha querida amiga Neucimar Lima, assistir ao belíssimo filme de Carlos Saura: Salomé.
Então recomendei: para mim a Salomé de Carlos Saura é a melhor dança dos Sete Véus e a melhor interpretação da personagem. (Apesar de achar que, se eu fosse criar a personagem Salomé, ela seria completamente diferente, muito menos romântica do que a de Wilde e Saura. Isso para não mencionar S. João . . . que é uma verdadeira maravilha da recriação!)
A pessoa virou pra mim e disse: Ah, legal o que é isso? É filme? Vou pegar.
Dalí uns dias ela me liga: "Mas Samya Juuuu, esse negócio que você mandou eu assistir é Flamenco, é dança espanhola, nada a ver. Como você pode dizer que isso é a melhor dança de sete véus que você já viu?"
Me desculpei pelo "fora"e disse:" Sinto muito , apenas me emociono muito com aquela montagem, nenhuma concepção desse personagem causou esse impacto em mim. Mas eu nem vi tantos assim e nem sou tão "pegada" assim nisso aí né. Achei que você ia gostar. . ."
Ingenuidade minha . . . talvez pura sinceridade . Não sabia que existia um certo sentimento de competição entre as modalidades, digamos assim. Pra mim era tudo dança, tudo arte. Todos em busca daquela "expressão única", como me ensinou minha sábia amiga Hilara Crestana.
Aí me pego sentindo de vez em quando: humanizando esses meus personagens que danço. Talvez eu os esteja "dando carne e sangue" demais . . .
Como se os deuses de repente nos tornassem tão humanos que não suportássemos nossos sentimentos e tivéssemos que dançá-los como fez Salomé, embaixo de uma lua sangrenta.
Uma menina quase mulher presa entre mundos que não se compreendem e não se toleram: Herodes querendo calar João, João querendo calar Herodes.
Salomé fala - seu corpo não quer calar. Não é à toa que ela dança, e sua dança é descrita por sete véus, expressão pura. Me dá impressão de que ela dançou com todo seu espírito.
Pouco me importa que ela tenha dançado dança do ventre, ballet, flamenco, que me importa? Alías, me parece um questionamento tão vulgar.
Prefiro imaginar meu personagem deixando a mensagem ao mundo: não calem!
E é quando a fúria de um coração triste perfura a garganta de um homem, calando a todos.
Vocês bailarinas, dançariam em troca disso? Tenho certeza que não.
Não calem seu corpo, escutem a arte livre. Pouco importa.
Dancem com todas as suas vozes, removam os véus. Dancem como Salomé.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Agradecimentos do coração
Bom, sempre digo que não há instinto como este: o instinto do coração.
Agradeço as pessoas que compartilham minha vida: Às vezes faço isso ruidosamente, abraço, grito. Tento por toda lei demonstrar o quanto estou agradecida - mas a pessoa não entende.
Às vezes o faço silenciosamente por muitos dias, depois de perceber o quanto estou agradecida. Porque o que a pessoa viveu comigo (me ensinou, compartilhou, dançou) ainda está ecoando pelo meu corpo e pela minha vida. Como se fosse uma reverberação, um daqueles tremidos bonitos que a gente acompanha no derbaque pruuuuuuuurrruuuuuu tak . . .! Até ele estalar e pingar forte "ploc" igual pipoca hahaha.
E assim como esse rush, cada um tem um ritmo interno. Por mais que a vibração das ondas reverberando " rrrrr " seja matemática, tenha uma medida, cada um sente de um jeito e ela nunca é igual. Por isso não há instinto como o do coração. E pra deixar essa onda correr a gente precisa perder o controle dos músculos.
Enfim, quero agradecer e não vou dizer os porquês . . . fiquem curiosos. nhaaaam
Beatriz Godoy
Hilara Crestana
Vânia da Academia Corpus Piracicaba-SP
Mme Laila Elvira
Íris Faria da Cia. Ia Set de Piracicaba -SP
Mme Lulu Sabongi
Sr. Omar Naboulsi
Mme Farida Fahmy
Grasiela Gomes Santos
Cia. Maktub de Piracicaba-SP
Lolita Esmeraldah
Sr. Mahmmoud Reda
Seu Dito e Dona Ivone
Minha querida Laís Reinaldo
A magnífica Mme Sandra Procopio
Minha "mãe loira" Mme Nagla Yacoub
Sultão
Thiago Donzelli
Sr. Jorge Donzelli, o "Mufasa"
Rosalina, a Rosalinda
Bruna Marcotriggiani
Studio 415 de Piracicaba-SP
Todas as minhas alunas e suas famílias
Os namorados e maridos de minhas alunas que tem uma paciência com a gente!
Bom, acho que esse é só o parte I . . .
Obrigada por terem me apoiado e me beneficiado com sua sabedoria, amor e carinho. Todos vocês moram no meu coração.
E não me esqueço o que vivemos juntos, contem comigo. Abraço carinhoso:-D
Agradeço as pessoas que compartilham minha vida: Às vezes faço isso ruidosamente, abraço, grito. Tento por toda lei demonstrar o quanto estou agradecida - mas a pessoa não entende.
Às vezes o faço silenciosamente por muitos dias, depois de perceber o quanto estou agradecida. Porque o que a pessoa viveu comigo (me ensinou, compartilhou, dançou) ainda está ecoando pelo meu corpo e pela minha vida. Como se fosse uma reverberação, um daqueles tremidos bonitos que a gente acompanha no derbaque pruuuuuuuurrruuuuuu tak . . .! Até ele estalar e pingar forte "ploc" igual pipoca hahaha.
E assim como esse rush, cada um tem um ritmo interno. Por mais que a vibração das ondas reverberando " rrrrr " seja matemática, tenha uma medida, cada um sente de um jeito e ela nunca é igual. Por isso não há instinto como o do coração. E pra deixar essa onda correr a gente precisa perder o controle dos músculos.
Enfim, quero agradecer e não vou dizer os porquês . . . fiquem curiosos. nhaaaam
Beatriz Godoy
Hilara Crestana
Vânia da Academia Corpus Piracicaba-SP
Mme Laila Elvira
Íris Faria da Cia. Ia Set de Piracicaba -SP
Mme Lulu Sabongi
Sr. Omar Naboulsi
Mme Farida Fahmy
Grasiela Gomes Santos
Cia. Maktub de Piracicaba-SP
Lolita Esmeraldah
Sr. Mahmmoud Reda
Seu Dito e Dona Ivone
Minha querida Laís Reinaldo
A magnífica Mme Sandra Procopio
Minha "mãe loira" Mme Nagla Yacoub
Sultão
Thiago Donzelli
Sr. Jorge Donzelli, o "Mufasa"
Rosalina, a Rosalinda
Bruna Marcotriggiani
Studio 415 de Piracicaba-SP
Todas as minhas alunas e suas famílias
Os namorados e maridos de minhas alunas que tem uma paciência com a gente!
Bom, acho que esse é só o parte I . . .
Obrigada por terem me apoiado e me beneficiado com sua sabedoria, amor e carinho. Todos vocês moram no meu coração.
E não me esqueço o que vivemos juntos, contem comigo. Abraço carinhoso:-D
domingo, 4 de outubro de 2009
Reflexões
Galera, não sou dada a essa coisa de silêncio do sábios.
Não me considero sábia, não tenho a pretensão de fingir que sou, nem de deixar ninguém pensar que sou ( sabe como é?).
Enfim, então eu vou falar mesmo: Passei uns 3 anos me calando feio de tanto ouvir os outros me dizerem que eu deveria me " preservar " mais.
O objetivo é que eu deixasse de "magoar as pessoas acidentalmente", do tipo de situação assim: "uauu, como sua dança está madura!".
"Você ouviu o que a Samya faloooou pra mim?" "Não, o que foi" "Ela falou que eu tô velha!". Ou seja, todo cuidado é pouco . . .principalmente ao fazer um elogio.
Sabe o que aconteceu? Será que deixei de magoar muita gente? Provavelmente. Não foi aferido, nem quantificado adequadamente por experiências laboratoriais respeitáveis.
O que eu sei, e que foi percebido pelas pessoas que comigo conviveram nos últimos anos (os anos do silêncio), foi que deixei de expressar meu amor. Ao me calar por medo de ser mal interpretada, calei também minhas expressões de carinho.
Qual não foi minha surpresa ao perceber que minha dança também tornou-se inexpressiva, sem calor, sem coração. Tudo por medo.
Até que meu corpo, não importa o quanto eu o alongasse e exercitasse, começou a se tornar rígido. Pessoas, aconteceu mesmo!
Minha expressão se tornou cansada, doente e muito triste. Porque vivi por anos acreditando que eu era uma péssima pessoa, péssima bailarina que não merecia nem um abraço de perdão. Hoje compreendo que até o pior criminoso merece o perdão e tenho certeza que não cometi crime algum, nem passei perto.
Aprendi da pior maneira que algumas pessoas simplesmente vão sempre tomar suas palavras como insultos e que você deverá ser forte o bastante para não se abalar com isso. Porque às vezes o mundo (pequeno mundo) que habitamos naquele período da nossa vidinha se torna um lugar totalmente estressado, nervoso, em que todos adoecem. Quem está são se pergunta: Se todos estão bravos comigo, devo ter feito algo errado, então vou pedir desculpas, vou retificar. Quem está são questiona suas atitudes.
No momento que você não recebe nenhum perdão, nem compreensão com sua suposta falha ou pisada na bola ( porque a pessoa nem sabe o que perdoar!!!), tenha certeza de que não é com você e aperte com todo gosto aquele botãozinho que se esconde em você, aquele mesmo, o do FFFFFFFF DA-SE!!!
Chacoalhe a juba, dê uma caminhada pra soltar as pernas, tomar vento no rosto.
Na volta, faça uma visita ao banheiro e termine de deletar essa pessoa da sua vida para todo o sempre.
Adeus . . .
Não me considero sábia, não tenho a pretensão de fingir que sou, nem de deixar ninguém pensar que sou ( sabe como é?).
Enfim, então eu vou falar mesmo: Passei uns 3 anos me calando feio de tanto ouvir os outros me dizerem que eu deveria me " preservar " mais.
O objetivo é que eu deixasse de "magoar as pessoas acidentalmente", do tipo de situação assim: "uauu, como sua dança está madura!".
"Você ouviu o que a Samya faloooou pra mim?" "Não, o que foi" "Ela falou que eu tô velha!". Ou seja, todo cuidado é pouco . . .principalmente ao fazer um elogio.
Sabe o que aconteceu? Será que deixei de magoar muita gente? Provavelmente. Não foi aferido, nem quantificado adequadamente por experiências laboratoriais respeitáveis.
O que eu sei, e que foi percebido pelas pessoas que comigo conviveram nos últimos anos (os anos do silêncio), foi que deixei de expressar meu amor. Ao me calar por medo de ser mal interpretada, calei também minhas expressões de carinho.
Qual não foi minha surpresa ao perceber que minha dança também tornou-se inexpressiva, sem calor, sem coração. Tudo por medo.
Até que meu corpo, não importa o quanto eu o alongasse e exercitasse, começou a se tornar rígido. Pessoas, aconteceu mesmo!
Minha expressão se tornou cansada, doente e muito triste. Porque vivi por anos acreditando que eu era uma péssima pessoa, péssima bailarina que não merecia nem um abraço de perdão. Hoje compreendo que até o pior criminoso merece o perdão e tenho certeza que não cometi crime algum, nem passei perto.
Aprendi da pior maneira que algumas pessoas simplesmente vão sempre tomar suas palavras como insultos e que você deverá ser forte o bastante para não se abalar com isso. Porque às vezes o mundo (pequeno mundo) que habitamos naquele período da nossa vidinha se torna um lugar totalmente estressado, nervoso, em que todos adoecem. Quem está são se pergunta: Se todos estão bravos comigo, devo ter feito algo errado, então vou pedir desculpas, vou retificar. Quem está são questiona suas atitudes.
No momento que você não recebe nenhum perdão, nem compreensão com sua suposta falha ou pisada na bola ( porque a pessoa nem sabe o que perdoar!!!), tenha certeza de que não é com você e aperte com todo gosto aquele botãozinho que se esconde em você, aquele mesmo, o do FFFFFFFF DA-SE!!!
Chacoalhe a juba, dê uma caminhada pra soltar as pernas, tomar vento no rosto.
Na volta, faça uma visita ao banheiro e termine de deletar essa pessoa da sua vida para todo o sempre.
Adeus . . .
Assinar:
Postagens (Atom)