quarta-feira, 24 de março de 2010

Reflections on the pink eye

Pô, galera - sim, arcaísmo dos oitenta pra evitar a deliciosa e fértil palavra que tô doida pra deixar explodir na minha boca: . . .
O fato é o seguinte, esse ritmo non-stop de um compromisso atrás do outro e de misturar trabalho com diversão é uma coisa muito perversa que faço comigo mesma. Tanto adiei minhas férias que ganhei sabe o quê? Licença médica!
Nunca na minha vidinha tive qualquer contaminação extremamente infecciosa a ponto de precisar ser isolada da sociedade por 7 dias. Gripe? Titia aqui num pega. Nada derruba.
Pois bem, até agora . . .
Uma infecção viral, e nos olhos. Estou parecendo um gatinho daqueles com rinotraqueíte. Gatinho de rua, remelento de dar dó.
Resumindo porque nem tô com disposição pra olhar pra tela desse PC: até o médico pegou essa P. . . dessa infecção. Cheguei lá ontem e ele tava desmarcando tudo, saindo de licença também e me disse: "Desde 1986 tô formado, atendendo, nunca tinha pego nada - até agora: essa é forte."
Doutor, eu que o diga.

sábado, 20 de março de 2010

Sem paciência com vacilão

Se você tem na sua vida um sujeito (seja ele homem ou mulher - em qualquer grau de relacionamento) que não sabe se para* ou continua, mas insiste em perambular pela estrada da sua vida . . .
Repita comigo: " Tá vendo esse caminho? Eu tô trilhando, na minha decisão. Se você tá cansado(a), tá indeciso (a), dirija-se à chilling area - área de repouso, tá vendo alí? Isso, posicionei naquela sombra agradável um banquinho bem gostoso pra você sentar E SAIR DA MINHA FRENTE."
O resumo do conceito é o seguinte: todo mundo que participa da sua vida merece uma segunda, terceira chance, mas num pode ficar "trancando" os processos. E olha, garanto a vocês . . . façam as contas com o tempo - e demais recursos - desperdiçados por vocês com gente que adora um tipo de burocracia chamada "atenção pra gente carente".
Eu assumo que me sinto carente muitas vezes ao dia, e resolvo isso de diversas formas - dando um abraço apertado, dizendo "eu te amo" e blablabalbalabla any coisas - mentira. Não vem ao caso, mas me recolho ao sossego da toca escura e repouso com meus felinos, em meio a romrons e afofadas e naninhas eróticas. . . ok ok.
Retomando, há um tipo de carência perversa que o patológico burocraticus carentisys faz questão de jamais satisfazer. E ele sente prazer em ver você se esgotando em tempo, dinheiro, paciência e tudo o mais de energia para tentar encontrar o que o faria pleno. Afinal ele seleciona bem a presa e escolhe aquele tipo que se esforça para agradar, aquele tipo que procura aprovação. Sabe como é que é? Conhece alguém assim?
Será que vale a pena?
Pois então . . . Agora eu pareço cruel quando convoco você a repetir comigo? "saia do meu caminho, sente-se no banco."
Então vai amiga, coragem. Despacha.
*pára - tem muito mais impacto gráfico - continuo protestando Poooow

sexta-feira, 19 de março de 2010

Seguindo meus instintos - competindo com leoas


Boa tarde, mulherada e meninos lindos que eventualmente apareçam por aqui para dar uma olhadinha . . .
Vocês já sacaram meu momento de super retomada de mim mesma, tenho certeza - não dá mais pra esconder. Seria bobagem disfarçar - é claro, eu assumo: estou apaixonada por isso tudo.
Isso envolve vários processos de amadurecimento; um deles que me trouxe uma deliciosa satisfação. Finalmente me desfiz de um medo secreto: o da maternidade.
Sim, acreditem se quiserem. Desde que me entendo por gente, nunca achei "lá essas coisas" a idéia de ser mãe. Ouvia minhas amigas descreverem com empolgação, mas não partilhava deste sentimento com tanto alvoroço.
Depois, por motivos que não abordarei agora - preferi ignorar o assunto. Achava lindo a maneira como a natureza providenciava isso sem toda a afetação que acompanha nossa cultura - mas enfim . . .
Lentamente percebi que é bacana ser mãe: como as leoas, elefantas, grandes feras que criam seus filhotes para o mundo real, todos os dias. Mas, putz - Deve doer muito no coração!!!
Lentamente percebi porque eu tinha medo, afinal - jamais poderia ser uma mãe tão boa como a mãe do leão.

sábado, 13 de março de 2010

Língua afiada

(Para a querida amiga Lory Moreira)


Descobri da pior maneira que eu falo demais. Desde criança me chamam de linguaruda, mesmo quando expresso minha opinião em poucas palavras. Às vezes nenhuma palavra, somente num olhar.
Ah, essa língua afiada . . .se eu pudesse acabar com isso. Tá lá no primeiro post desse blog o que aconteceu quando tentei ficar quieta, só quietinha.
Descobri que tem gente que fala demais, e que algumas pessoas realmente se coçam por qualquer coisa.
Se a gente não fala é porque decide, vive a própria vida, ama como quer e daí encontra pessoas que se inflamam, ofendem, brigam, e matam porque não suportam - não toleram.
A mim resta respeitar e amar, porque tolerância não me falta. Aliás, num vou me fazer de bonitinha não: é mais uma promiscuidade intelectual da minha parte - eu adoro esse rendez vous de idéias, sentimentos e tudo o mais da complexidade humana. É isso aí mesmo.
Concluo que falo demais, me expresso demais, comunico demais e quando seguro tudo isso - ainda há o corpo e os olhos que denunciam o que se passa no meu coração e na minha cabeça - AAAAAhhhhhh! Ou seja, me entrego mesmo . . .
E tem gente que ainda diz que sou misteriosa, vê se pode.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Entrevista

Boa tarde doçuras,
Confiram a entrevista que a querida Lu Arruda publicou no site www.abailarina.com assim, vocês entenderão porque já ouviram muitas coisas sobre mim - várias delas verdadeiras. Fazer o quê, né? Cada um sabe a dor e delícia de ser o que é.
Inevitável, no meu caso . . . nessa existência estou surtada e louca para o padrão geral (e vigente) de algumas mocinhas assustadiças. Confesso que adoro, sim - adoro.
Boooooh!
Assumo com muito amor.
Espero que gostem.
Beijos carinhosos ao estilo Samya xu

quarta-feira, 3 de março de 2010

O outro tigre

" Ele irá por sua selva e sua manhã
E deixará seu rastro na lodosa
Margem de um rio cujo nome ignora
(Em seu mundo não há nomes nem passado,
E não há futuro, só um instante certo.)."
Jorge Luís Borges - Obras Completas II