terça-feira, 27 de abril de 2010

Sobre nós, pessoas.


Segundo Ralph Waldo Emerson, a primeira coisa que um indivíduo grandioso consegue é fazer-nos perceber a insignificância das circunstâncias.
Recentemente, vivi uma situação que realmente explorou minha capacidade de entendimento acerca do quanto admiramos a superficialidade. Embora da boca pra fora sejamos todos apreciadores da tal complexidade humana.
Na doce harmonia e tédio da programada rotina é possível reconhecer um
outsider como você. Ambos são impulsivos, cheios de energia, brilho nos olhos.
Um sussurra feito vento no ouvido do outro: "vamos fazer uma pequena . . . "
E como um arrepio na espinha o outro completa: "travessura".
Sim, quase amor à primeira vista.
O que vem a seguir é a plena materialização dos mais sublimes desejos: noites de lua cheia, saudades de doer o peito, planos sem pé nem cabeça, desprezo de quem quer comprar. Um tango argentino, um samba "daqueles gostoso" e por aí vai.
Em meio a esses engenhosos mecanismos da fantasia, há o dito pelo não dito. Desconfianças de amante.
Te quero - te amo? Sou sua, fica comigo. Seja meu . . . seja minha! O quê? o quê?
Quero tudo, quero tudo . . .tudo menos isso.
Ouço a voz de Luís Poeta ao longe:
"Não te quero só pra mim, quero-te para ti mesmo e para tua própria vida. Quanto mais fores quem quiseres mais serás o que eu queria."

E mesmo assim, contrariando sua razão louca- você ainda é capaz de dar a ele um "lar - promessa" , dois ou três filhotes foufos, né?
Sua gata sem vergonha!
Ahhhh, o ser humano é complexo e grandioso.

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