domingo, 4 de outubro de 2009

Reflexões

Galera, não sou dada a essa coisa de silêncio do sábios.
Não me considero sábia, não tenho a pretensão de fingir que sou, nem de deixar ninguém pensar que sou ( sabe como é?).
Enfim, então eu vou falar mesmo: Passei uns 3 anos me calando feio de tanto ouvir os outros me dizerem que eu deveria me " preservar " mais.
O objetivo é que eu deixasse de "magoar as pessoas acidentalmente", do tipo de situação assim: "uauu, como sua dança está madura!".
"Você ouviu o que a Samya faloooou pra mim?" "Não, o que foi" "Ela falou que eu tô velha!". Ou seja, todo cuidado é pouco . . .principalmente ao fazer um elogio.
Sabe o que aconteceu? Será que deixei de magoar muita gente? Provavelmente. Não foi aferido, nem quantificado adequadamente por experiências laboratoriais respeitáveis.
O que eu sei, e que foi percebido pelas pessoas que comigo conviveram nos últimos anos (os anos do silêncio), foi que deixei de expressar meu amor. Ao me calar por medo de ser mal interpretada, calei também minhas expressões de carinho.
Qual não foi minha surpresa ao perceber que minha dança também tornou-se inexpressiva, sem calor, sem coração. Tudo por medo.
Até que meu corpo, não importa o quanto eu o alongasse e exercitasse, começou a se tornar rígido. Pessoas, aconteceu mesmo!
Minha expressão se tornou cansada, doente e muito triste. Porque vivi por anos acreditando que eu era uma péssima pessoa, péssima bailarina que não merecia nem um abraço de perdão. Hoje compreendo que até o pior criminoso merece o perdão e tenho certeza que não cometi crime algum, nem passei perto.
Aprendi da pior maneira que algumas pessoas simplesmente vão sempre tomar suas palavras como insultos e que você deverá ser forte o bastante para não se abalar com isso. Porque às vezes o mundo (pequeno mundo) que habitamos naquele período da nossa vidinha se torna um lugar totalmente   estressado, nervoso, em que todos adoecem. Quem está são se pergunta: Se todos estão bravos comigo, devo ter feito algo errado, então vou pedir desculpas, vou retificar. Quem está são questiona suas atitudes.
No momento que você não recebe nenhum perdão, nem compreensão com sua suposta falha ou pisada na bola ( porque a pessoa nem sabe o que perdoar!!!), tenha certeza de que não é com você e aperte com todo gosto aquele botãozinho que se esconde em você, aquele mesmo, o do FFFFFFFF DA-SE!!!
Chacoalhe a juba, dê uma caminhada pra soltar as pernas, tomar vento no rosto.
Na volta, faça uma visita ao banheiro e termine de deletar essa pessoa da sua vida para todo o sempre.
Adeus . . .

4 comentários:

  1. Oi Ju, entendo perfeitamente, parece que, em boa parte do seu texto, você descreveu meu processo nos últimos três anos.
    Não é maravilhoso quando a gente chega a conclusões como as que você chegou?

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  2. Oi gatona, pode crer.
    Pena que no meu caso demora hahahaha e eu sofro . . .
    A parte boa é que depois que eu percebo eu abandono mesmo. E esqueço.
    Que bom te ver por aqui. Saudades:-)

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  3. Eu AMEI isso! Tipo assim, tudo a ver com uma fase que também passei!
    Adorei o blog, gatona! Vou te linkar!
    Beijocas da Bahia!

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